O Distributed Denial of Service (DDoS) é um dos maiores desafios de segurança para empresas de todos os tamanhos, pois esse tipo de ataque tem como objetivo inoperar serviços vitais e aplicações importantes, afetando diretamente a fonte de receita das organizações.
O QUE É UM ATAQUE DDOS?
Um ataque de Negação de serviço (DDoS) é uma tentativa mal-intencionada de afectar a disponibilidade do sistema alvo, como um site ou aplicativo, para usuários finais legítimos. Normalmente, os atacantes geram grandes volumes de pacotes ou solicitações, o que acaba sobrecarregando o sistema de destino. No caso de um ataque de Negação distribuída de serviço (DDoS), o atacante usa várias origens comprometidas ou controladas para gerar o ataque.
Em geral, os ataques DDoS podem ser segregados pela camada do modelo Open Systems Interconnection (OSI) que eles almejam. São mais comuns nas camadas de Rede (camada 3), Transporte (camada 4), apresentação (camada 6) e Aplicativo (camada 7).
Esses ataques são executados por milhares de computadores ao mesmo tempo, enviando enormes quantidades de dados para um único link de internet, site ou servidor. Isso pode sobrecarrega-los, tornando-os lentos ou até mesmo inacessíveis.
Sinais de um ataque DDoS: incluem inacessibilidade súbita do site, desempenho anormalmente lento da rede e aumento inexplicável no tráfego.
Ataques na camada Infraestrutura
Os ataques nas camadas 3 e 4 normalmente são classificados como ataques da camada Infraestrutura. Também são o tipo mais comum de ataque DDoS e incluem vetores como inundações sincronizadas (SYN) e outros ataques de reflexão como inundações de Pacote de datagramas de usuário (UDP). Esses ataques geralmente são grandes em volume e visam sobrecarregar a capacidade da rede ou dos servidores de aplicativos. Mas, felizmente, também são tipos de ataques que possuem assinaturas claras e são mais fáceis de detectar.
Ataques da camada Aplicativo
Os ataques nas camadas 6 e 7 geralmente são classificados como ataques da camada Aplicativo. Embora esses ataques sejam menos comuns, também tendem a ser mais sofisticados. Eles geralmente são pequenos em volume em comparação com os ataques da camada Infraestrutura, mas tendem a se concentrar em partes específicas do aplicativo, que acaba ficando indisponível para usuários reais. Por exemplo, uma inundação de solicitações HTTP para uma página de login, uma API de pesquisa cara, ou até inundações XML-RPC do Wordpress (também conhecidas como ataques de pingback do Wordpress).
Técnicas de proteção contar DDoS
Reduzir a área da superfície de ataque
Uma das primeiras técnicas para mitigar ataques DDoS é minimizar a área da superfície que pode ser atacada para limitar as opções que os atacantes têm e permitir a criação de proteções em um único lugar. Garantir a não exposição do aplicativo ou recursos a portas, protocolos ou aplicativos de onde eles não esperam nenhuma comunicação. Dessa maneira, os possíveis pontos de ataques são minimizados e pode se concentrar nos esforços de mitigação. Colocar os recursos de computação atrás de Redes de distribuição de conteúdo ( CDNs) ou load balancers e restringir o tráfego directo da Internet a certas partes da infraestrutura, como servidores de banco de dados. Em outros casos, pode se usar firewalls ou Listas de controle de acesso (ALs) para controlar o tráfego que chega aos aplicativos.
Planejar para escalar
As duas principais considerações para mitigar ataques DDoS volumétricos em larga escala são a capacidade da largura de banda (ou trânsito) e a capacidade do servidor de absorver e mitigar ataques.
Capacidade de trânsito Ao arquictetar os aplicativos, é importante verificar se o provedor de hospedagem oferece ampla conectividade redundante à Internet que permita lidar com grandes volumes de tráfego. Como o objetivo final dos ataques DDoS é afectar a disponibilidade dos recursos/aplicativos, devem ser colocados não só perto dos usuários finais, mas também de grandes trocas na Internet, que darão aos usuários acesso fácil ao aplicativo mesmo durante grandes volumes de tráfego. Além disso, os aplicativos da Web podem ir um passo além empregando Redes de distribuição de conteúdo (CDNs) serviços inteligentes e e resolução de DNS, que fornecem uma camada adicional de infraestrutura de rede para veicular conteúdo e resolver consultas de DNS em locais geralmente mais próximos dos usuários finais.
Capacidade de servidor A maioria dos ataques DDoS são ataques volumétricos que consomem muitos recursos. Portanto, é importante que aumentar ou diminuir rapidamente recursos de computação como executar os recursos de computação maiores ou os que tenham recursos como interfaces de redes ou redes aprimoradas compatíveis com volumes maiores. Além disso, também é comum o uso de load balancers para monitorar e alternar continuamente as cargas entre os recursos para evitar a sobrecarga de algum deles.
Saber o que é um tráfego normal e um anormal
Sempre que detectados níveis elevados de tráfego atingindo um host, a linha de base é sempre capaz de aceitar o máximo de tráfego que o host puder processar sem afetar a disponibilidade. Esse conceito é chamado de limite de taxa. As técnicas de proteção mais avançadas podem dar um passo adiante e, de maneira inteligente, aceitar apenas o tráfego legítimo, analisando os pacotes individuais por conta própria. Para fazer isso, é entender as características do bom tráfego que o destino geralmente recebe e poder comparar cada pacote com essa linha de base.
Implantar firewalls para ataques de Aplicativo sofisticados
Uma melhor prática é usar um Firewall de aplicativos da Web (WAF),contra ataques, como injeção SQL ou falsificação de solicitação entre sites, que tentam explorar uma vulnerabilidade no próprio aplicativo. Além disso, devido à natureza exclusiva desses ataques, criar facilmente mitigações personalizadas contra solicitações ilegítimas, que podem ter características como se disfarçar de bom-tráfego ou serem provenientes de IPs ruins, geografias inesperadas. Às vezes, isso também pode ser útil na mitigação de ataques, pois eles recebem suporte experiente para estudar padrões de tráfego e criar proteções personalizadas.