QoS, também conhecido como Qualidade de Serviço, é uma daquelas tecnologias que provavelmente você já ouviu falar, mas nunca teve a oportunidade de implementar em produção, certo??
Bem, a questão é que o QoS é como se fosse um curativo. Quer dizer, se não houver um problema como capacidade de largura de banda, delay, jitter, perda de pacotes, você provavelmente não precisará dele, a menos que sua rede tenha requisitos específicos. Então, vamos revisar alguns dos componentes que compõem o QoS:
- Classification and Marking: classification pode ser usada para separar pacotes em diferentes tipos, aos quais diferentes políticas podem ser aplicadas, do género: este é um pacote ICMP ou HTTP? Após serem classificados, os pacotes podem ser marcados alterando um ou mais dos campos do cabeçalho. Isso pode ser feito em pacotes de L3 ou L2.
- Policing and shaping: Policing monitora o tráfego em tempo real e toma ações imediatas quando detecta uma violação. Se o pacote excede um certo limite, simplesmente descarta o pacote. Shaping por outro lado, é politicamente mais educado. Se o tráfego começar a exceder o limite, ele usará um mecanismo de queuing (buffering). Em vez de descartar imediatamente, ele atrasará o tráfego até que esteja em conformidade com o SLA (acordo de nível de serviço).
- Congestion management e Congestion avoidance: Ambos são usados para lidar com congestionamentos na rede. Congestion management usará técnicas para priorizar certos tipos de tráfego. Por exemplo se voz e vídeo estiverem lutando por largura de banda, quem você gostaria que vencesse essa disputa? Quanto à congestion avoidance, ela detectará que um congestionamento pode ocorrer, então irá aplicar técnicas para começar a descartar o tráfego antes mesmo que o congestionamento ocorra. É como se o barco fosse afundar, então vamos ver quem sabe nadar... você entendeu a ideia.
Diria que o principal objetivo do QoS é garantir que o tráfego crítico receba os recursos necessários, enquanto o tráfego não crítico é gerenciado para evitar congestionamentos e degradação da qualidade do serviço.
E aí, alguma vez já implementou QoS em um ambiente em produção?
