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Assis Teixeira
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Introdução

Neste laboratório, exploramos a implementação do protocolo EIGRP para IPv4 em diferentes modos de operação: clássico e nomeado (named). O objetivo foi apresentar, de forma prática, como configurar, verificar e ajustar o comportamento do EIGRP em uma topologia mista, utilizando roteadores com diferentes abordagens.

Durante a atividade, realizamos a configuração básica do EIGRP clássico no R2, enquanto os dispositivos R1, R3 e D2 foram configurados com EIGRP no modo nomeado, reforçando a interoperabilidade entre os dois formatos. Também abordamos aspectos cruciais como verificação de adjacências, configuração de autenticação (MD5 e SHA-256), uso de interfaces passivas para maior segurança, e finalizamos com a manipulação de load balancing com o parâmetro variance, demonstrando como o EIGRP permite balanceamento de carga com caminhos de custo desigual.

Topologia

AssisTeixeira_0-1748187580270.png

 

Tabela de endereçamento

Device

Interface

IP Address

Subnet Mask

R1

G0/0

10.0.12.1

255.255.255.0

R1

G0/1.1

172.16.1.1

255.255.255.0

R1

G0/1.2

192.168.1.1

255.255.255.0

R2

G0/0

10.0.12.2

255.255.255.0

R2

G0/1

10.0.23.2

255.255.255.0

R3

G0/0

10.0.23.3

255.255.255.0

R3

G0/1

172.16.13.1

255.255.255.0

R3

Loopback 0

192.168.3.1

255.255.255.0

D2

G0/1

172.16.13.2

255.255.255.0

D2

G0/2

172.16.1.2

255.255.255.0

PC1

NIC

DHCP


Para o laboratório, você usará o Autonomous System número 27 em todos os roteadores.

Etapa 1: Configurar o EIGRP clássico para IPv4 no R2.

  • Inicie a configuração do EIGRP clássico emitindo o comando router eigrp 27.

R2(config)# router eigrp 27

 

  • Configure o EIGRP router ID usando o comando eigrp router-id. Use o número 2.2.2.2 para R2.

R2(config-router)# eigrp router-id 2.2.2.2

 

  • Identifique as interfaces que devem participar no EIGRP e as redes que devem ser incluídas na tabela de topologia EIGRP. Isso é feito com o comando network.

É melhor ser o mais específico possível ao criar instruções network, equilibrando a eficiência e o número de comandos necessários. Para o nosso exemplo de laboratório, usaremos a network 10.0.0.0 255.255.224.0 para especificar as interfaces. Isso cobre menos espaço de rede do que 10.0.0.0/8, incluindo ambas as interfaces com um único comando de network.

R2(config-router)# network 10.0.0.0 255.255.224.0
R2(config-router)# end

 

  • Verifique as interfaces agora envolvidas no EIGRP com o comando show ip eigrp interfaces.
 
R2# show ip eigrp interfaces
EIGRP-IPv4 Interfaces for AS(27)
                              Xmit Queue   PeerQ        Mean   Pacing Time  Multicast    Pending
Interface              Peers  Un/Reliable  Un/Reliable  SRTT   Un/Reliable   Flow Timer   Routes
Gi0/0                  0        0/0       0/0           0       0/0 0           0
Gi0/1                  0        0/0       0/0           0       0/0 0           0

 

Etapa 2: configurar o Named EIGRP para IPv4 em R1 e R3.

  • Inicie a configuração do Named EIGRP emitindo o comando router eigrp [nome]. O parâmetro nome pode ser um número, mas este não identifica um Autonomous System como no EIGRP Clássico, apenas identifica o processo. Para nossos propósitos, nomeie o processo como BASIC-EIGRP-LAB.

R1(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB

 

  • Entre no modo de configuração address-family com o comando address-family ipv4 unicast autonomous-system 27.

R1(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27

 

  • Configure o EIGRP router ID usando o comando eigrp router-id. Use o número 1.1.1.1 para R1.

R1(config-router-af)# eigrp router-id 1.1.1.1

 

  • Identifique as interfaces que devem participar no EIGRP e as redes que devem ser incluídas na tabela de topologia EIGRP. Isso é feito com o comando network. Neste caso, a configuração requer três comandos de network. Um exemplo para R1 segue:

R1(config-router-af)# network 10.0.12.0 255.255.255.0
R1(config-router-af)# network 172.16.1.0 255.255.255.0
R1(config-router-af)# network 192.168.1.0 255.255.255.0
R1(config-router-af)# end 

 

  • Repita os passos 2a a 2d para R3 e D2. Use 3.3.3.3 para o router ID do roteador em R3 e 132.132.132.132 para o router ID do switch em D2. Configure as instruções de network apropriadas em ambos os dispositivos de acordo com a Tabela de Endereçamento.

R3(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
R3(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
R3(config-router-af)# eigrp router-id 3.3.3.3
R3(config-router-af)# network 10.0.23.0 255.255.255.0
R3(config-router-af)# network 172.16.13.0 255.255.255.0
R3(config-router-af)# network 192.168.3.0 255.255.255.0
R3(config-router-af)# end

D2(config-if)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
D2(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
D2(config-router-af)# eigrp router-id 132.132.132.132
D2(config-router-af)# network 172.16.0.0 255.255.0.0
D2(config-router-af)# end

 

Etapa 3: Verificar EIGRP para IPv4.

Alguns segundos após configurar as instruções de network, você deverá ter visto mensagens do syslog informando que as adjacências EIGRP foram formadas.

*Feb 18 15:49:34.243: %DUAL-5-NBRCHANGE: EIGRP-IPv4 27: Neighbor 10.0.12.2 (GigabitEthernet0/0) is up: new adjacency

 

Para verificar se o roteamento está funcionando, execute um ping do PC1 para a interface Loopback 0 no R3 (192.168.3.1). O ping deve ser bem-sucedido. Você também pode executar ping aleatoriamente em outros endereços na topologia.

 

Em R1, examine as entradas EIGRP na tabela de roteamento IP usando o comando show ip route eigrp | begin Gateway. Como você pode ver, há um caminho instalado na tabela de roteamento para a rede e dois caminhos para a rede 192.168.3.0/24. Anote os valores das métricas listadas.

 

R1# show ip route eigrp | begin Gateway
Gateway of last resort is not set

      10.0.0.0/8 is variably subnetted, 3 subnets, 2 masks
D        10.0.23.0/24 [90/15360] via 10.0.12.2, 00:00:12, GigabitEthernet0/0
      172.16.0.0/16 is variably subnetted, 3 subnets, 2 masks
D        172.16.13.0/24
           [90/15360] via 172.16.1.2, 00:00:12, GigabitEthernet0/1.1
D     192.168.3.0/24
           [90/16000] via 172.16.1.2, 00:00:12, GigabitEthernet0/1.1
           [90/16000] via 10.0.12.2, 00:00:12, GigabitEthernet0/0

 

Agora examine a tabela de topologia EIGRP usando o comando show ip eigrp topology all-links. O parâmetro all-links instrui o roteador a exibir todas as rotas disponíveis, incluindo aquelas que não são successors ou feasible successors.

Lembre-se de que a tabela de topologia é o banco de dados de informações de rotas do EIGRP. O EIGRP seleciona os melhores caminhos desse banco de dados, com base no algoritmo DUAL, e os oferece à tabela de roteamento IP. No entanto, a tabela de roteamento IP não precisa usar esses caminhos oferecidos, pois o roteador pode ter aprendido sobre a mesma rede a partir de uma origem de roteamento mais confiável, que seria uma origem de roteamento com um valor de roteamento menor.

 

R1# show ip eigrp topology all-links
EIGRP-IPv4 VR(BASIC-EIGRP-LAB) Topology Table for AS(27)/ID(1.1.1.1)
Codes: P - Passive, A - Active, U - Update, Q - Query, R - Reply,
       r - reply Status, s - sia Status

 P 192.168.3.0/24, 2 successors, FD is 2048000, serno 26
        via 10.0.12.2 (2048000/1392640), GigabitEthernet0/0
        via 172.16.1.2 (2048000/1392640), GigabitEthernet0/1.1
P 172.16.13.0/24, 1 successors, FD is 1966080, serno 16
        via 172.16.1.2 (1966080/1310720), GigabitEthernet0/1.1
        via 10.0.12.2 (2621440/1966080), GigabitEthernet0/0
P 192.168.1.0/24, 1 successors, FD is 1310720, serno 3
        via Connected, GigabitEthernet0/1.2
P 172.16.1.0/24, 1 successors, FD is 1310720, serno 2
        via Connected, GigabitEthernet0/1.1
P 10.0.23.0/24, 1 successors, FD is 1966080, serno 27
        via 10.0.12.2 (1966080/1310720), GigabitEthernet0/0
        via 172.16.1.2 (2621440/1966080), GigabitEthernet0/1.1
P 10.0.12.0/24, 1 successors, FD is 1310720, serno 1
                           via Connected, GigabitEthernet0/0

 

Vamos nos concentrar nas rotas, destacadas na saída acima, para 192.168.3.0/24 e 10.0.23.0/24. Há vários pontos a serem observados:

A entrada para a rede 192.168.3.0/24.0 mostra dois successors, enquanto a entrada para 10.0.23.0/24 mostra apenas um successor. Ambas as entradas mostram dois caminhos. O caminho com a menor Feasible Distance (FD) é selecionado como successor e é oferecido à tabela de roteamento. Para 192.168.3.0/24, há dois caminhos com FD igual (2048000). Portanto, ambos são successors e ambos são oferecidos à tabela de roteamento. No caso de 10.0.23.0/24, o FD é listada como 1966080. O caminho via 10.0.12.2 mostra esse número como FD (primeiro número entre parênteses). O caminho via 172.16.1.2 mostra uma FD de 2621440, que é maior do que a feasible distance  atual. Portanto, esse caminho, embora válido, é um caminho de custo mais alto e não é oferecido à tabela de roteamento.

O FD listado na tabela de topologia não corresponde à métrica listada na tabela de roteamento. Para 192.168.3.0/24, a tabela de roteamento mostra o valor da métrica 16000, enquanto a tabela de topologia mostra o FD como 2048000. Isso ocorre porque a tabela de roteamento tem um limite de 4 bytes (32 bits) para informações de métrica, enquanto o EIGRP em R1 usa wide-metric (métricas amplas) do EIGRP, que são de 64 bits. Wide metrics são usadas pelo EIGRP nomeado por padrão. Para contornar a limitação de tamanho da métrica de 32 bits na tabela de roteamento, o EIGRP divide o valor da wide-metric pelo valor EIGRP_RIB_SCALE, que tem como padrão 128, como você verá a seguir na saída do comando show ip protocols. O valor 2048000 dividido por 128 é 16000.

Nota: Uma rede com implementações mistas de EIGRP (Named e Classic no mesmo domínio de roteamento) apresentará alguma perda de clareza de rota, o que pode levar a uma seleção de caminho abaixo do ideal. A implementação recomendada é usar Named EIGRP em todos os casos.

Não há feasible successors ​​listados na tabela de topologia para 192.168.3.0/24 ou 10.0.23.0/24. A feasibility condition exige que a reported distance (distância reportada) (RD) até uma rede de destino seja menor que a atual feasible distance para que um próximo salto seja considerado um feasible successor  para a rota. No caso de 10.0.23.0/24, o RD do caminho via 172.16.1.2 é o segundo número listado: (2621440/1966080). Como o RD é igual à FD atual, essa rota é desqualificada como feasible successor. Se o caminho via 172.16.1.2 fosse perdido, R1 teria que enviar consultas para encontrar uma nova maneira de chegar a 10.0.23.0/24. Feasible successors ​​existem apenas na tabela de topologia. Somente successors aparecem na tabela de roteamento.

Para ver os valores da Routing Information Base (RIB) e valores da Metric Scale, bem como outras informações do protocolo, emita o comando show ip protocols | section eigrp.

 

R1# show ip protocols | section eigrp
Routing Protocol is "eigrp 27"
  Outgoing update filter list for all interfaces is not set
  Incoming update filter list for all interfaces is not set
  Default networks flagged in outgoing updates
  Default networks accepted from incoming updates
  EIGRP-IPv4 VR(BASIC-EIGRP-LAB) Address-Family Protocol for AS(27)
    Metric weight K1=1, K2=0, K3=1, K4=0, K5=0 K6=0
    Metric rib-scale 128
    Metric version 64bit
    Soft SIA disabled
    NSF-aware route hold timer is 240
  EIGRP NSF disabled
     NSF signal timer is 20s
     NSF converge timer is 120s
    Router-ID: 1.1.1.1
    Topology : 0 (base)
      Active Timer: 3 min
      Distance: internal 90 external 170
      Maximum path: 4
      Maximum hopcount 100
      Maximum metric variance 1
      Total Prefix Count: 5
      Total Redist Count: 0

 

Para examinar detalhes sobre um caminho específico, emita o comando show ip eigrp topology [address].

 

R1# show ip eigrp topology 192.168.3.0/24
EIGRP-IPv4 VR(BASIC-EIGRP-LAB) Topology Entry for AS(27)/ID(1.1.1.1) for 192.168.3.0/24
  State is Passive, Query origin flag is 1, 2 Successor(s), FD is 2048000, RIB is 16000
  Descriptor Blocks:
  10.0.12.2 (GigabitEthernet0/0), from 10.0.12.2, Send flag is 0x0
      Composite metric is (2048000/1392640), route is Internal
      Vector metric:
        Minimum bandwidth is 1000000 Kbit
        Total delay is 21250000 picoseconds
        Reliability is 255/255
        Load is 1/255
        Minimum MTU is 1500
        Hop count is 2
        Originating router is 3.3.3.3
  172.16.1.2 (GigabitEthernet0/1.1), from 172.16.1.2, Send flag is 0x0
      Composite metric is (2048000/1392640), route is Internal
      Vector metric:
        Minimum bandwidth is 1000000 Kbit
        Total delay is 21250000 picoseconds
        Reliability is 255/255
        Load is 1/255
        Minimum MTU is 1500
        Hop count is 2
        Originating router is 3.3.3.3

 

Nesta parte do laboratório, você ajustará e otimizará o EIGRP para IPv4 por meio do uso de interfaces passivas, autenticação e variance.

Etapa 1: configurar interfaces específicas como passivas.

Passive interfaces são interfaces que participam apenas parcialmente da operação de um protocolo de roteamento. O endereço de rede da passive interfaces é anunciado por meio de outras interfaces. No entanto, o protocolo de roteamento não se comunica diretamente com a passive interface. Use passive interfaces quando tiver uma rede conectada que deseja anunciar, mas não deseja que vizinhos de protocolo apareçam nessa interface. Por exemplo, interfaces que oferecem suporte a usuários devem sempre ser configuradas como passive interface. Há duas maneiras de configurar passive interfaces: especificamente pelo nome da interface ou por padrão. Normalmente, um dispositivo com muitas interfaces de LAN usará a opção padrão e, em seguida, usará a forma "no" do comando nessas interfaces específicas que devem enviar e receber mensagens EIGRP.

No PC1, execute o Wireshark e defina o filtro de captura como eigrp. Você deverá ver uma mensagem de Hello a cada cinco segundos aproximadamente. Se o seu dispositivo for capaz de executar EIGRP, você poderá formar uma adjacência e interagir no domínio de roteamento. Isso representa tráfego desnecessário na LAN e um potencial risco à segurança. Interrompa a captura.

  • No R1, configure af-interface G0/1.2 para ser passiva.

 

R1(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
R1(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
R1(config-router-af)# af-interface g0/1.2
R1(config-router-af-interface)# passive-interface
R1(config-router-af-interface)# end

 

  • No PC1, reinicie a captura do Wireshark com o filtro de captura ainda configurado para eigrp. Você não deverá mais ver mensagens de Hello do EIGRP.

 

Etapa 2: configurar as interfaces para que sejam passivas por padrão.

A segunda opção para configurar passive interfaces é configurá-las todas como passive e, em seguida, emitir o comando no passive-interface para determinadas interfaces. Essa abordagem é adequada em cenários com foco em segurança ou quando o dispositivo possui muitas interfaces LAN. Os comandos variam dependendo se você está usando EIGRP Classic ou Named.

 

  • Na configuração EIGRP Classic, insira o comando passive-interface default seguido do comando no passive-interface interface-number para todas as interfaces que devem participar do EIGRP. A seguir, um exemplo disso no R2. Você perderá temporariamente as adjacências EIGRP até que o comando passive-interface seja removido das interfaces necessárias.

 

R2(config)# router eigrp 27
R2(config-router)# passive-interface default
R2(config-router)# no passive-interface g0/0
R2(config-router)# no passive-interface g0/1
R2(config-router)# exit
R2(config)# end

 

  • Na configuração Named EIGRP, aplique o comando passive-interface à af-interface default e o comando no passive-interface à af-interface interface-number específica. A seguir, um exemplo disso no R3. Você perderá temporariamente as adjacências EIGRP até que a interface passiva seja removida das interfaces necessárias.

 

R3(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
R3(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
R3(config-router-af)# af-interface default
R3(config-router-af-interface)# passive-interface
R3(config-router-af-interface)# exit
R3(config-router-af)# af-interface g0/0
R3(config-router-af-interface)# no passive-interface
R3(config-router-af-interface)# exit
R3(config-router-af)# af-interface g0/1
R3(config-router-af-interface)# no passive-interface
R3(config-router-af-interface)# end

 

  • A saída do comando show ip protocols | section Passive fornecerá uma lista das interfaces passivas configuradas para EIGRP, que para R3 será apenas a interface Loopback 0 que está simulando uma LAN.

 

R3# show ip protocols | section Passive
  Passive Interface(s):
    Loopback0

 

Etapa 3: Configurar autenticação EIGRP

O EIGRP suporta autenticação com base em interface. Em outras palavras, cada interface pode ser configurada para exigir autenticação do par conectado. Isso garante que os dispositivos conectados que tentam formar uma adjacência sejam autorizados a fazê-lo. O EIGRP Classic (clássico) suporta chaves com hash MD5 baseadas em key-chain (cadeias de chaves), enquanto o Named EIGRP adiciona suporte para chaves com hash SHA256. Os dois não são compatíveis.


Nesta etapa, você configurará ambos os tipos de autenticação para exercer o leque de opções disponíveis.

 

  • Em R1, R2, R3 e D2, crie um key-chain chamado EIGRP-AUTHEN-KEY com uma única chave. A chave deve ter a string $3cre7!!

 

R1(config)# key chain EIGRP-AUTHEN-KEY
R1(config-keychain)# key 1
R1(config-keychain-key)# key-string $3cre7!!
R1(config-keychain-key)# end

 

  • No R2, configure as interfaces G0/0 e G0/1 para criptografar a key chain que você acabou de criar com MD5. Observe que você perderá as adjacências EIGRP até que as interfaces vizinhas sejam configuradas.

 

R2(config)# interface g0/0
R2(config-if)# ip authentication key-chain eigrp 27 EIGRP-AUTHEN-KEY
R2(config-if)# ip authentication mode eigrp 27 md5
R2(config-if)# exit
R2(config)# interface g0/1
R2(config-if)# ip authentication key-chain eigrp 27 EIGRP-AUTHEN-KEY
R2(config-if)# ip authentication mode eigrp 27 md5
R2(config-if)# end

 

 

  • Configure a interface G0/0 em R1 e R3 para usar a key chain com MD5. As adjacências EIGRP com R2 devem ser restauradas.

 

R1(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
R1(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
R1(config-router-af)# af-interface g0/0
R1(config-router-af-interface)# authentication key-chain EIGRP-AUTHEN-KEY
R1(config-router-af-interface)# authentication mode md5
R1(config-router-af-interface)# end

 

  • Use o comando show ip eigrp interface detail | section Gi0/0 para verificar se a autenticação está em vigor e que tipo de autenticação é.

 

R1# show ip eigrp interface detail | section Gi0/0
Gi0/0             1        0/0       0/0           1       0/050       0
  Hello-interval is 5, Hold-time is 15
  Split-horizon is enabled
  Next xmit serial <none>
  Packetized sent/expedited: 14/2
  Hello's sent/expedited: 186/4
  Un/reliable mcasts: 0/11  Un/reliable ucasts: 15/7
  Mcast exceptions: 0  CR packets: 0  ACKs suppressed: 0
  Retransmissions sent: 3  Out-of-sequence rcvd: 0
  Topology-ids on interface - 0
  Authentication mode is md5,  key-chain is "EIGRP-AUTHEN-KEY"
  Topologies advertised on this interface:  base
  Topologies not advertised on this interface:

 

  • Em R1 e D2, configure a autenticação baseada em SHA 256 usando o mesmo segredo compartilhado $3cre7!!. R1 e D2 estão executando o Named EIGRP, portanto, a configuração é aplicada no modo af-interface. Em R1, configure a subinterface G0/1.1. Em D2, configure a interface G0/1. A configuração para R1 é mostrada. Observe que a adjacência R1-D2 será perdida até que ambas as extremidades sejam configuradas.

 

R1(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
R1(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
R1(config-router-af)# af-interface g0/1.1
R1(config-router-af-interface)# authentication mode hmac-sha-256 $3cre7!!
R1(config-router-af-interface)# end

D2(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
D2(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
D2(config-router-af)# af-interface g0/2
D2(config-router-af-interface)# authentication mode hmac-sha-256 $3cre7!!
D2(config-router-af-interface)# end

 

  • Use o comando show ip eigrp interface detail para verificar se a autenticação está em vigor e que tipo de autenticação é.

 

R1# show ip eigrp interface detail | section Gi0/1.1
Gi0/  1.1                1        0/0       0/0           3       0/050           0
  Hello-interval is 5, Hold-time is 15
  Split-horizon is enabled
  Next xmit serial <none>
  Packetized sent/expedited: 11/0
  Hello's sent/expedited: 225/4
  Un/reliable mcasts: 0/11  Un/reliable ucasts: 12/7
  Mcast exceptions: 0  CR packets: 0  ACKs suppressed: 0
  Retransmissions sent: 4  Out-of-sequence rcvd: 0
  Topology-ids on interface - 0
  Authentication mode is HMAC-SHA-256, key-chain is not set
  Topologies advertised on this interface:  base
  Topologies not advertised on this interface:

 

Etapa 4: Manipular load balancing com variance

Por padrão, o load balancing (balanceamento de carga) ocorre apenas em caminhos de custo igual. O EIGRP suporta até quatro caminhos de custo igual por padrão, mas pode ser configurado para suportar até 32 com o comando maximum-paths.

O EIGRP possui a capacidade adicional de balancear a carga em caminhos de custo desigual. O balanceamento de carga é controlado pelo parâmetro variance. Seu valor é um multiplicador usado para determinar como lidar com múltiplos caminhos para o mesmo destino.

Variance é definida como 1 por padrão, portanto, quaisquer caminhos até o número máximo configurado de caminhos que tenham uma feasible distance igual à melhor feasible distance atual também são oferecidos à tabela de roteamento. Isso fornece balanceamento de carga de custo igual.

O parâmetro variance também pode ser definido como zero, o que determina que nenhum balanceamento de carga ocorra.
O parâmetro variance pode ser ajustado para que caminhos com uma FD menor ou igual à variância vezes a melhor FD atual também sejam considerados successors e instalados na tabela de roteamento. Há uma diferenciação extremamente importante aqui: para ser um feasible successor, o RD de um caminho deve ser menor que o melhor FD atual. Para ser considerado para balanceamento de carga desigual, o FD do feasible successor é multiplicado pelo valor da variância e, se o produto desse cálculo for menor que o melhor FD atual, o feasible successor é promovido a successor.

 

Há duas ressalvas: primeiro, apenas feasible successors ​​são considerados e, segundo, o balanceamento de carga desigual é desigual; a divisão do tráfego é proporcional à melhor métrica na tabela de roteamento para o caminho fornecido.

Nota: lembre-se de que sua tabela de roteamento pode ser diferente daquela criada pelos exemplos deste laboratório. Se os resultados forem diferentes, examine-os cuidadosamente para determinar o motivo, para que você possa entender completamente como o EIGRP está operando.

 

  • No R3, há dois caminhos de custo igual para 192.168.1.0/24.

 

R3# show ip route eigrp | section 192.168.1.0
D     192.168.1.0/24
           [90/20480] via 172.16.13.2, 00:08:18, GigabitEthernet0/1
           [90/20480] via 10.0.23.2, 00:08:18, GigabitEthernet0/0

 

  • Para alterar isso e permitir a demonstração da variance, altere a largura de banda da interface R2 G0/0 e G0/1 para 800000.

 

R2(config)# interface g0/0
R2(config-if)# bandwidth 800000
R2(config-if)# exit
R2(config)# interface g0/1
R2(config-if)# bandwidth 800000
R2(config-if)# end

 

  • Ao examinar a tabela de roteamento no R3, você verá que não há balanceamento de carga ocorrendo. Todos os destinos têm um único caminho.

 

R3# show ip route eigrp | begin Gateway
Gateway of last resort is not set

       10.0.0.0/8 is variably subnetted, 3 subnets, 2 masks
D        10.0.12.0/24 [90/16640] via 10.0.23.2, 00:01:17, GigabitEthernet0/0
      172.16.0.0/16 is variably subnetted, 3 subnets, 2 masks
D        172.16.1.0/24
           [90/15360] via 172.16.13.2, 00:01:04, GigabitEthernet0/1
D     192.168.1.0/24
           [90/20480] via 172.16.13.2, 00:01:04, GigabitEthernet0/1

 

  • No entanto, sabemos que existem múltiplos caminhos na rede. A primeira consideração para manipular a variance é que ela só funciona com feasible successors. A análise da tabela de topologia em R3 mostra que há um feasible successor para a rede 192.168.1.0/24. A rota via 10.0.23.2 para fora da interface G0/0 tem um RD menor que o FD para o successor atual.

 

R3# show ip eigrp topology | section 192.168.1.0
P 192.168.1.0/24, 1 successors, FD is 2621440
        via 172.16.13.2 (2621440/1966080), GigabitEthernet0/1
        via 10.0.23.2 (2785280/2129920), GigabitEthernet0/0

 

  • Para usar a outra rota para balanceamento de carga de custo desigual, podemos definir o parâmetro de variance como 2. Isso significa que qualquer caminho com um RD menor ou igual a 5242880 será qualificado como successor (2 x 2621440 = 5242880).

 

R3(config)# router eigrp BASIC-EIGRP-LAB
R3(config-router)# address-family ipv4 unicast autonomous-system 27
R3(config-router-af)# topology base
R3(config-router-af-topology)# variance 2
R3(config-router-af-topology)# end

 

  • A saída do comando show ip route eigrp | begin Gateway agora exibe dois caminhos disponíveis para a rede 192.168.1.0/24. Observe que as rotas têm métricas diferentes, mas são listadas e usadas da mesma forma. Observe também que adicionar a variance 2 adiciona um segundo caminho para a rede 10.0.12.0/24.

 

R3# show ip route eigrp | begin Gateway
Gateway of last resort is not set

       10.0.0.0/8 is variably subnetted, 3 subnets, 2 masks
D        10.0.12.0/24
           [90/20480] via 172.16.13.2, 00:00:11, GigabitEthernet0/1
           [90/16640] via 10.0.23.2, 00:00:11, GigabitEthernet0/0
      172.16.0.0/16 is variably subnetted, 3 subnets, 2 masks
D        172.16.1.0/24
           [90/15360] via 172.16.13.2, 00:00:11, GigabitEthernet0/1
D     192.168.1.0/24
           [90/20480] via 172.16.13.2, 00:00:11, GigabitEthernet0/1
           [90/21760] via 10.0.23.2, 00:00:11, GigabitEthernet0/0

 

  • Emita o comando show ip route 192.168.1.0 para ver mais detalhes sobre os caminhos que o roteador tem para a rede 192.168.1.0. Como parte dessa saída, você verá o share count de tráfego, que informa a proporção de tráfego que será enviado entre esses links. Neste exemplo, a contagem é 120 via 172.16.13.2 e 113 via 10.0.23.2. Isso significa que 120 pacotes serão enviados via 172.16.13.2 e, em seguida, 113 pacotes serão enviados via 10.0.23.2.

 

R3# show ip route 192.168.1.0
Routing entry for 192.168.1.0/24
  Known via "eigrp 27", distance 90, metric 20480, type internal
  Redistributing via eigrp 27
  Last update from 10.0.23.2 on GigabitEthernet0/0, 00:01:42 ago
  Routing Descriptor Blocks:
  * 172.16.13.2, from 172.16.13.2, 00:01:42 ago, via GigabitEthernet0/1
      Route metric is 20480, traffic share count is 120
      Total delay is 30 microseconds, minimum bandwidth is 1000000 Kbit
      Reliability 255/255, minimum MTU 1500 bytes
      Loading 1/255, Hops 2
    10.0.23.2, from 10.0.23.2, 00:01:42 ago, via GigabitEthernet0/0
      Route metric is 21760, traffic share count is 113
      Total delay is 30 microseconds, minimum bandwidth is 800000 Kbit
      Reliability 255/255, minimum MTU 1500 bytes
      Loading 1/255, Hops 2

 

Concluímos que, apesar da compatibilidade entre os modos, o EIGRP nomeado oferece recursos mais avançados e uma abordagem mais moderna, sendo a recomendação preferencial em novos projetos. Este laboratório serviu não apenas como uma prática de configuração, mas como base sólida para decisões de design em redes que utilizam EIGRP como protocolo de roteamento interno.

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