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tomy.tim
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Olá Amigos,

Hoje, vamos mergulhar em um universo de acrônimos cruciais para o funcionamento eficiente das nossas redes: TTL, Tempo de Vida, e Hops. Vamos desvendar esses conceitos e entender como eles desempenham papéis essenciais no roteamento de dados.

1. TTL - Tempo de Vida:  Time to Live 

O que realmente significa o TTL? Vamos explorar o conceito de Tempo de Vida e como essa contagem decrescente influencia o ciclo de vida de um pacote de dados. Entender o TTL é fundamental para evitar loops infinitos e manter a estabilidade das redes.

2. Tempo de Vida em Segundos: 

Além do TTL tradicional, entraremos no intrigante mundo do Tempo de Vida em segundos. Como essa abordagem se destaca na gestão do tráfego? Discutiremos como o Tempo de Vida em segundos impacta o comportamento dos pacotes em ambientes específicos.

 3. Hops:

Quantos saltos são necessários para percorrer uma rede? Os Hops, ou saltos, desempenham um papel vital no roteamento de dados. Vamos entender como cada salto afeta a jornada de um pacote, desde a origem até o destino. A cada salto, o TTL diminui. Quando atinge zero, o pacote é descartado. 

4. Importância na Eficiência de Rede:

Vamos conectar os pontos e compreender como TTL, Tempo de Vida em segundos e Hops trabalham em conjunto para otimizar o roteamento. Como esses elementos contribuem para a eficiência e confiabilidade das nossas redes?

  • Além da eficiência, o TTL pode ser uma ferramenta valiosa para reforçar a segurança da rede. Configurar políticas em seus roteadores para monitorar e restringir valores de TTL específicos pode ajudar a detectar tráfego malicioso.
  • Outro aspecto prático é a proteção contra ataques de falsificação de endereço IP, conhecidos como spoofing. Ao configurar alertas para TTLs anormalmente baixos, é possível identificar atividades suspeitas na rede.

5. Aplicações Práticas:

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O comando anterior fez uso do renomado protocolo ICMP para enviar quatro pacotes à máquina www.dell.com. Para que isso fosse possível, meu sistema teve que consultar um servidor DNS para obter informações sobre www.dell.com, e a resposta foi clara: 104.89.248.13.

Dessa forma, podemos analisar as quatro respostas provenientes de a104-89-248-13.deploy.static.akamaitechnologies.com, que é outro nome atribuído à máquina www.dell.com. É importante ressaltar que o resultado exibido no print é a resposta fornecida pela máquina de destino, ou seja, aquela que foi alvo do ping.

O campo TTL possui 8 bits, isso significa que ele pode ir de 00000000 (0 em decimal) a 11111111 (255 em decimal). Cada sistema operacional possui um TTL padrão. O MS Windows gera pacotes com TTL 128, enquanto o GNU/Linux utiliza 64. Os sistemas Unix e seus derivados, por sua vez, empregam 255 como valor padrão. Embora seja possível modificar o TTL de qualquer sistema operacional para um valor até 255, geralmente, um administrador de rede não realiza essas modificações.

Ao observarmos a resposta do comando anterior (ping), obtivemos um TTL de 52. O valor padrão imediatamente superior a 52 é 64. Portanto, há uma grande chance de esse TTL de 52 ter vindo originalmente com o valor 64. Se isso for verdade, podemos afirmar que há 12 roteadores no caminho (64-52), pois a cada salto (HOP), o TTL é decrementado em 1.

Além disso, é possível inferir que, provavelmente, o sistema operacional da máquina de destino (aquela que foi pingada) é um GNU/Linux.

Aqui estão algumas razões pelas quais utilizamos "hops" ao falar sobre ping:

  • Conceito de Saltos (Hops): O ping é frequentemente utilizado para verificar a conectividade e medir a latência entre dois pontos em uma rede. A contagem de "hops" indica quantos roteadores ou dispositivos intermediários o pacote percorreu, fornecendo insights sobre a topologia da rede.
  • Padrão ICMP: O ICMP é o protocolo subjacente ao comando ping, e ele utiliza o campo "Time to Live" (TTL) para determinar o número máximo de saltos que um pacote pode fazer. O TTL é representado em saltos, não em segundos.
  • Facilidade de Interpretação: Expressar o TTL em "hops" é mais intuitivo quando se avalia a eficiência da rota de um ponto A para um ponto B. Dizer que um pacote levou 10 saltos é mais compreensível do que indicar um valor em segundos.
  • Padrão da Indústria: Ao longo do tempo, a indústria de redes adotou a convenção de utilizar "hops" ao falar sobre o ping, tornando-se uma linguagem comum entre profissionais de redes.

Firefly Conceito de Saltos (Hops)- O ping é frequentemente utilizado para verificar a conectividade .jpg

 As informações sobre o uso de "hops" em relação ao comando ping e ao protocolo ICMP (Internet Control Message Protocol) podem ser encontradas em diversas RFCs (Request for Comments), que são documentos que descrevem padrões, protocolos e procedimentos utilizados na Internet. Aqui estão algumas RFCs relevantes:

RFC 792 - Internet Control Message Protocol (ICMP):

Esta RFC define o ICMP, incluindo a estrutura do cabeçalho ICMP e suas mensagens, como o Echo Request e o Echo Reply usados no comando ping. A contagem de "hops" é mencionada no campo "Time to Live" (TTL) do cabeçalho ICMP.

RFC 791 - Internet Protocol:

Esta RFC descreve o formato do cabeçalho do protocolo IP (Internet Protocol), no qual o campo TTL é especificado. O TTL é usado para limitar o tempo de vida de um pacote e, assim, controlar o número de "hops" que um pacote pode fazer na rede.

RFC 1122 - Requirements for Internet Hosts - Communication Layers:

Esta RFC aborda requisitos para hosts na Internet e discute o uso do campo TTL para evitar loops infinitos e limitar o tempo de vida de um pacote.

Conclusão: Em um cenário onde a eficiência e a confiabilidade das redes desempenham um papel crucial, ter uma compreensão aprofundada de conceitos como TTL, Tempo de Vida e Hops transcende a mera complexidade técnica. Trata-se de uma peça-chave para otimizar tanto o desempenho quanto a segurança dos nossos sistemas. A expectativa é que este artigo não apenas auxilie na ampliação do entendimento sobre o TTL, mas também proporcione a mesma clareza e benefícios que me foram proporcionados durante a elaboração deste conteúdo.

Embora essas RFCs forneçam a base teórica para o uso de "hops" no contexto do ICMP e do comando ping, é importante observar que a terminologia específica pode variar em diferentes implementações e ambientes de rede. Sempre consulte as documentações específicas da implementação que você está usando para obter informações detalhadas.

Compartilhe suas Experiências: Você já teve experiências interessantes relacionadas ao TTL? Compartilhe nos comentários e vamos enriquecer nossa compreensão coletiva!

 

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