cancelar
Mostrar resultados para 
Pesquisar em vez de 
Queria dizer: 
cancel
216
Apresentações
1
Útil
0
Comentários
Carlos Oriques
Level 1
Level 1

 

Antes de estudar este artigo, recomendo estudar O básico que você precisa saber sobre o OSPF.

 

O que é redistribuição

Redistribuição é uma das características do roteamento dinâmico.

Quando informações de um método de roteamento são compartilhadas com outro método de roteamento, dizemos que ocorre aí uma redistribuição.

Por exemplo, quando rotas EIGRP ou rotas estáticas são inseridas no processo OSPF, há uma redistribuição das rotas EIGRP ou das rotas estáticas para o OSPF.

Vamos usar a seguinte topologia como exemplo:

figura_1.jpg

 

R2 é um roteador OSPF na área 0, mas ele também está conectado a outro método de roteamento. Em nosso caso, R2 possui rotas estáticas além do roteamento OSPF, e essas rotas devem ser redistribuídas para os outros roteadores OSPF:

R2# show ip route static | begin Gateway 
Gateway of last resort is not set

      20.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
S        20.0.0.0 is directly connected, Null0
      30.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
S        30.0.0.0 is directly connected, Null0
      40.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
S        40.0.0.0 is directly connected, Null0

As três rotas estáticas em R2, na perspectiva do OSPF, compõem outro método de roteamento, e se essas rotas devem ser encaminhadas pelo OSPF, então elas precisam ser redistribuídas para o OSPF.

Neste caso, R2 é chamado de ASBR (Autonomous System Boundary Router), ou seja, um roteador OSPF que está na fronteira entre dois (ou mais) métodos de roteamento (ou sistemas autônomos) distintos: rotas estáticas e roteamento OSPF, em nosso cenário.

 

Type 5 LSA

Para compartilhar as rotas redistribuídas, o roteador OSPF usa uma LSA chamada External LSA, ou Type 5 LSA.

Uma External LSA é gerada apenas por um ASBR.

Vamos acessar R2 e configurar a redistribuição das rotas estáticas para o OSPF:

R2# show ip ospf
 Routing Process "ospf 1" with ID 2.2.2.2
 Start time: 00:00:04.744, Time elapsed: 00:38:43.972
 Supports only single TOS(TOS0) routes
 Supports opaque LSA
 Supports Link-local Signaling (LLS)
 Supports area transit capability
 Supports NSSA (compatible with RFC 3101)
 Supports Database Exchange Summary List Optimization (RFC 5243)
 Event-log enabled, Maximum number of events: 1000, Mode: cyclic
 Router is not originating router-LSAs with maximum metric
<output omitido>

R2# conf t
R2(config)# router ospf 1
R2(config-router)# redistribute static subnets

R2# show ip ospf
 Routing Process "ospf 1" with ID 2.2.2.2
 Start time: 00:00:04.744, Time elapsed: 00:41:00.612
 Supports only single TOS(TOS0) routes
 Supports opaque LSA
 Supports Link-local Signaling (LLS)
 Supports area transit capability
 Supports NSSA (compatible with RFC 3101)
 Supports Database Exchange Summary List Optimization (RFC 5243)
 Event-log enabled, Maximum number of events: 1000, Mode: cyclic
 It is an autonomous system boundary router
 Redistributing External Routes from,
    static, includes subnets in redistribution
 Router is not originating router-LSAs with maximum metric
<output omitido>

O parâmetro subnets determina que a redistribuição deve ser feita classless, e não classful conforme o padrão. Ou seja, a máscara de sub-rede deve ser considerada na redistribuição. Em alguns roteadores, esse parâmetro é incluído automaticamente pelo IOS quando o comando redistribute static é configurado.

Os outros roteadores OSPF possuem agora rotas OSPF para as redes que foram redistribuídas por R2 a partir de suas rotas estáticas. Vamos acessar R4 como exemplo:

R4# show ip route ospf | begin Gateway
Gateway of last resort is not set

      10.0.0.0/8 is variably subnetted, 7 subnets, 2 masks
O IA     10.0.0.0/24 [110/2] via 10.0.1.12, 00:45:43, GigabitEthernet0/1
O IA     10.0.2.0/24 [110/3] via 10.0.1.12, 00:45:43, GigabitEthernet0/1
O IA     10.5.0.1/32 [110/4] via 10.0.1.12, 00:45:43, GigabitEthernet0/1
      20.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E2     20.0.0.0 [110/20] via 10.0.1.12, 00:06:29, GigabitEthernet0/1
      30.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E2     30.0.0.0 [110/20] via 10.0.1.12, 00:06:29, GigabitEthernet0/1
      40.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E2     40.0.0.0 [110/20] via 10.0.1.12, 00:06:29, GigabitEthernet0/1

Observe que R4 possui três rotas E2, isto é, rotas externas cujos destinos estão em outro sistema autônomo.

Essas rotas foram recebidas por R4 através de uma External LSA enviada por R2 (RID 2.2.2.2):

R4# show ip ospf database

            OSPF Router with ID (4.4.4.4) (Process ID 1)

<output omitido>

                Type-5 AS External Link States

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Tag
20.0.0.0        2.2.2.2         78          0x80000002 0x00A4DE 0
30.0.0.0        2.2.2.2         78          0x80000002 0x002257 0
40.0.0.0        2.2.2.2         78          0x80000002 0x009FCF 0

ADV Router significa Advertiser Router, ou seja, o roteador que anunciou a LSA.

Vamos abrir uma dessas External LSAs para analisar seu conteúdo:

R4# show ip ospf database external 20.0.0.0

            OSPF Router with ID (4.4.4.4) (Process ID 1)

Type-5 AS External Link States

  LS age: 416
  Options: (No TOS-capability, DC, Upward)
  LS Type: AS External Link
  Link State ID: 20.0.0.0 (External Network Number)
  Advertising Router: 2.2.2.2
  LS Seq Number: 80000002
  Checksum: 0xA4DE
  Length: 36
  Network Mask: /24
Metric Type: 2 (Larger than any link state path)
MTID: 0 
Metric: 20
Forward Address: 0.0.0.0
External Route Tag: 0

Em cima dessa LSA, o algoritmo do OSPF vai executar seu processo e incluir a rota para a rede 20.0.0.0/24 (e também as outras duas) na tabela de roteamento de R4.

 

Type 4 LSA

Antes de configurar a redistribuição, a LSDB de R4 estava da seguinte forma:

R4# show ip ospf database

            OSPF Router with ID (4.4.4.4) (Process ID 1)

                Router Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Link count
1.1.1.1         1.1.1.1         129         0x80000006 0x004A86 1
4.4.4.4         4.4.4.4         48          0x80000006 0x003D3F 2

                Net Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.1.41       4.4.4.4         48          0x80000004 0x00B22C

                Summary Net Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.0.0        1.1.1.1         129         0x80000004 0x0047DA
10.0.2.0        1.1.1.1         129         0x80000004 0x009580
10.5.0.1        1.1.1.1         129         0x80000004 0x006FA1

Observe, nas colunas Link ID, que R4 não tem nenhuma informação sobre R2 (RID 2.2.2.2). Ou seja, R4 não sabe como alcançar R2, uma vez que eles estão em áreas OSPF diferentes.

Quando R2 redistribui suas rotas estáticas para o OSPF, R4 precisa saber como chegar em R2.

Essa informação é necessária porque, na External LSA, como vimos acima, o Advertising Router será R2, indicando a R4 que qualquer pacote destinado às redes redistribuídas deve ser encaminhado a R2.

Assim que a redistribuição é configurada em R2, R4 recebe dois tipos de LSA: a External LSA, conforme já analisamos, e também a ASBR Summary LSA, também chamada de Type 4 LSA.

Uma ASBR Summary LSA é gerada apenas por um ABR (Area Border Router). A ASBR Summary LSA recebida por R4 foi gerada por R1 (RID 1.1.1.1), que é o ABR que liga a área 0 e a área 1:

R4# show ip ospf database 

            OSPF Router with ID (4.4.4.4) (Process ID 1)

                Router Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Link count
1.1.1.1         1.1.1.1         1059        0x80000006 0x004A86 1
4.4.4.4         4.4.4.4         979         0x80000006 0x003D3F 2

                Net Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.1.41       4.4.4.4         979         0x80000004 0x00B22C

                Summary Net Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.0.0        1.1.1.1         1059        0x80000004 0x0047DA
10.0.2.0        1.1.1.1         1059        0x80000004 0x009580
10.5.0.1        1.1.1.1         1059        0x80000004 0x006FA1

                Summary ASB Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
2.2.2.2         1.1.1.1         3           0x80000001 0x0065C0

                Type-5 AS External Link States

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Tag
20.0.0.0        2.2.2.2         8           0x80000001 0x00A6DD 0
30.0.0.0        2.2.2.2         8           0x80000001 0x002456 0
40.0.0.0        2.2.2.2         8           0x80000001 0x00A1CE 0

Como R4 está numa área diferente da área do ASBR, ele precisa da ASBR Summary LSA para saber como alcançar o ASBR.

Essa LSA (no roteador, Summary ASB) informa a R4 que o ASBR pode ser alcançado através de R1 (RID 1.1.1.1), que foi o roteador que anunciou a ASBR Summary LSA a R4.

Através de análises recursivas, o algoritmo do OSPF determina que para alcançar a rede 20.0.0.0/24, o pacote deve ser encaminhado para R2 (RID 2.2.2.2), que por sua vez é alcançado através de R1 (RID 1.1.1.1), que é o roteador neighbor de R4.

Sem a ASBR Summary LSA, R4 não saberia como chegar em R2 (RID 2.2.2.2).

Quando o roteador está na mesma área que o ASBR, a ASBR Summary LSA não é necessária:

R1# show ip ospf database

            OSPF Router with ID (1.1.1.1) (Process ID 1)

                Router Link States (Area 0)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Link count
1.1.1.1         1.1.1.1         665         0x80000007 0x00BF1D 1
2.2.2.2         2.2.2.2         1635        0x8000000B 0x00FACA 1
3.3.3.3         3.3.3.3         772         0x80000007 0x004078 1

                Net Link States (Area 0)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.0.31       3.3.3.3         772         0x80000005 0x00A83C

                Summary Net Link States (Area 0)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.1.0        1.1.1.1         665         0x80000005 0x003AE5
10.0.2.0        3.3.3.3         772         0x80000005 0x00F224
10.4.0.1        1.1.1.1         665         0x80000005 0x001506
10.5.0.1        3.3.3.3         772         0x80000005 0x00CC45

                Router Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Link count
1.1.1.1         1.1.1.1         665         0x80000007 0x004887 1
4.4.4.4         4.4.4.4         626         0x80000007 0x003B40 2

                Net Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.1.41       4.4.4.4         626         0x80000005 0x00B02D

                Summary Net Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
10.0.0.0        1.1.1.1         665         0x80000005 0x0045DB
10.0.2.0        1.1.1.1         665         0x80000005 0x009381
10.5.0.1        1.1.1.1         665         0x80000005 0x006DA2

                Summary ASB Link States (Area 1)

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum
2.2.2.2         1.1.1.1         1629        0x80000001 0x0065C0

                Type-5 AS External Link States

Link ID         ADV Router      Age         Seq#       Checksum Tag
20.0.0.0        2.2.2.2         1634        0x80000001 0x00A6DD 0
30.0.0.0        2.2.2.2         1634        0x80000001 0x002456 0
40.0.0.0        2.2.2.2         1634        0x80000001 0x00A1CE 0

R1, que está na mesma área do ASBR (área 0), sabe como alcançar R2 através da Router LSA.

Observe que R1 possui uma ASBR Summary LSA para a área 1, mas essa LSA foi gerada por ele próprio para informar à área 1 onde o ASBR se encontra, já que R1 é um ABR que liga a área 0 e a área 1.

No entanto, R1 não usa essa ASBR Summary LSA para ele próprio saber onde R2 está, mas sim a Router LSA anunciada a ele por R2. Se R1 não fosse um ABR, ele não teria gerado essa ASBR Summary LSA.

 

Rotas E1 e E2

Uma rota externa pode ser uma rota E1 ou E2, e isso tem a ver com a métrica associada a essa rota.

R4, por exemplo, possui as três rotas externas que foram redistribuídas por R2, e todas elas são E2:

R4# show ip route ospf
Codes: L - local, C - connected, S - static, R - RIP, M - mobile, B - BGP
       D - EIGRP, EX - EIGRP external, O - OSPF, IA - OSPF inter area 
       N1 - OSPF NSSA external type 1, N2 - OSPF NSSA external type 2
       E1 - OSPF external type 1, E2 - OSPF external type 2
       i - IS-IS, su - IS-IS summary, L1 - IS-IS level-1, L2 - IS-IS level-2
       ia - IS-IS inter area, * - candidate default, U - per-user static route
       o - ODR, P - periodic downloaded static route, H - NHRP, l - LISP
       a - application route
       + - replicated route, % - next hop override

Gateway of last resort is not set

      10.0.0.0/8 is variably subnetted, 7 subnets, 2 masks
O IA     10.0.0.0/24 [110/2] via 10.0.1.12, 02:41:25, GigabitEthernet0/1
O IA     10.0.2.0/24 [110/3] via 10.0.1.12, 02:41:25, GigabitEthernet0/1
O IA     10.5.0.1/32 [110/4] via 10.0.1.12, 02:41:25, GigabitEthernet0/1
      20.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E2     20.0.0.0 [110/20] via 10.0.1.12, 00:44:35, GigabitEthernet0/1
      30.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E2     30.0.0.0 [110/20] via 10.0.1.12, 00:44:35, GigabitEthernet0/1
      40.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E2     40.0.0.0 [110/20] via 10.0.1.12, 00:44:35, GigabitEthernet0/1

Por padrão, rotas externas são marcadas como E2.

Observe que a métrica dessas rotas é igual a 20. Esse é o custo padrão das rotas redistribuídas, também chamado de redistributed cost.

Rotas E2 (External Type 2) consideram apenas esse valor como métrica. Todos os roteadores OSPF terão rotas E2 com métrica igual a 20.

Já as Rotas E1 (External Type 1) consideram o custo padrão das rotas E2 mais o custo acumulado para alcançar o ASBR. Em nosso caso, na perspectiva de R4, a métrica das rotas E1 seria o redistributed cost de 20 mais o custo acumulado para R4 chegar ao ASBR: sua própria interface Gi0/1 (custo 1) e a interface Gi0/1 de R1 (custo 1), totalizando um custo de 22 para as rotas E1.

Podemos analisar as rotas E1 alterando a configuração de redistribuição em R2:

R2(config)# router ospf 1
R2(config-router)# redistribute static subnets metric-type 1

O parâmetro metric-type 1 determina que as rotas redistribuídas sejam marcadas como E1.

Em R4, temos agora:

R4# show ip route ospf
Codes: L - local, C - connected, S - static, R - RIP, M - mobile, B - BGP
       D - EIGRP, EX - EIGRP external, O - OSPF, IA - OSPF inter area 
       N1 - OSPF NSSA external type 1, N2 - OSPF NSSA external type 2
       E1 - OSPF external type 1, E2 - OSPF external type 2
       i - IS-IS, su - IS-IS summary, L1 - IS-IS level-1, L2 - IS-IS level-2
       ia - IS-IS inter area, * - candidate default, U - per-user static route
       o - ODR, P - periodic downloaded static route, H - NHRP, l - LISP
       a - application route
       + - replicated route, % - next hop override

Gateway of last resort is not set

      10.0.0.0/8 is variably subnetted, 7 subnets, 2 masks
O IA     10.0.0.0/24 [110/2] via 10.0.1.12, 02:41:25, GigabitEthernet0/1
O IA     10.0.2.0/24 [110/3] via 10.0.1.12, 02:41:25, GigabitEthernet0/1
O IA     10.5.0.1/32 [110/4] via 10.0.1.12, 02:41:25, GigabitEthernet0/1
      20.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E1     20.0.0.0 [110/22] via 10.0.1.12, 00:44:35, GigabitEthernet0/1
      30.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E1     30.0.0.0 [110/22] via 10.0.1.12, 00:44:35, GigabitEthernet0/1
      40.0.0.0/24 is subnetted, 1 subnets
O E1     40.0.0.0 [110/22] via 10.0.1.12, 00:44:35, GigabitEthernet0/1

O custo acumulado de R4 para alcançar o ASBR (R2, RID 2.2.2.2) pode ser consultado da seguinte forma:

R4# show ip ospf border-routers

            OSPF Router with ID (4.4.4.4) (Process ID 1)

                Base Topology (MTID 0)

Internal Router Routing Table
Codes: i - Intra-area route, I - Inter-area route

i 1.1.1.1 [1] via 10.0.1.12, GigabitEthernet0/1, ABR, Area 1, SPF 2
I 2.2.2.2 [2] via 10.0.1.12, GigabitEthernet0/1, ASBR, Area 1, SPF 2

O valor entre colchetes é o custo acumulado.

Rotas E1 sempre terão preferência sobre rotas E2, independentemente do valor de custo. Ou seja, se houver uma rota E1 e outra E2 para o mesmo destino, a rota E1 será escolhida, mesmo que o custo da E2 seja menor. Isso acontece por causa da ordem de preferência, que determina qual rota o OSPF vai escolher para incluir na tabela de roteamento (path selection order

1. Rota Intra-Area (O)
2. Rota Inter-Area (O IA)
3. Rota External Type 1 (O E1)
4. Rota External Type 2 (O E2)

O redistributed cost pode ser ajustado na configuração da redistribuição:

R2(config-router)# redistribute static subnets metric-type 1 metric 50

A métrica para as rotas redistribuídas foi alterada para 50.

Apenas um adendo antes de encerrar: embora digamos que rotas E2 consideram apenas o valor da métrica padrão (redistributed cost), essa informação não é muito assertiva. Quando há duas rotas, uma E1 e outra E2, para o mesmo destino, a rota E1 sempre será preferida. Porém, quando há duas rotas E2 para o mesmo destino, o valor do redistributed cost será analisado em primeiro lugar. Mas se ambas as rotas E2 tiverem o mesmo redistributed cost, isso não significa que ambas serão incluídas na tabela de roteamento. Antes disso, o roteador vai analisar o custo acumulado (chamado aqui de forward metric) para o ASBR. Se ambas as rotas tiverem também a mesma forward metric, então sim, com certeza as duas serão incluídas na tabela de roteamento com balanceamento de carga entre elas. Porém, se a rota E2 A tiver a forward metric menor que a rota E2 B, somente a rota E2 A será incluída na tabela de roteamento, mesmo que o redistributed cost em ambas as rotas seja igual. Ou seja, com as rotas E2, a forward metric é usada como fator de desempate. Isso é o que chamamos, num jargão descontraído, de hot potato, quando o OSPF considera a métrica externa (redistributed cost) e a métrica interna (forward metric) no cálculo das rotas, permitindo uma utilização otimizada dos links internos. Uma cold potato, ao contrário, consideraria apenas a métrica externa, sem a possibilidade do uso otimizado dos links internos. Esta referência fornece informações mais detalhadas sobre isso.

Primeiros Passos

Encontre respostas, faça perguntas e conecte-se com nossa comunidade de especialistas da Cisco de todo o mundo.

Estamos felizes por você estar aqui! Participe de conversas e conecte-se com sua comunidade.